28/02/2008

O mês de fevereiro chegou ao fim. Sem curtir esse curto mês, vi que meus planos ainda estão no papel. Há quem diga que toda dor vem do desejo de não senti dor.
De fato, isso é verdade. Sinto me como uma lagarta peçonhenta, caminhando com dificuldade entre os diversos obstáculos da vida.
Pessoas não querem se aproximar dessa lagarta, não vêem o belo no feio, não querem lagarta; simplesmente porque lagartas têm o aspecto de vermes. Com isso, lágrimas brotam com abundância nos olhos; conseqüentemente banha-se o delicado corpo revigorando para prosseguir.
Muitos não sabem, ou esqueceram, que esse inseto peçonhento será uma graciosa borboleta que enfeitará jardins, bosques, pomares...
Contudo, todavia desejarei. Mesmo que as dores aumentem. Guardo as certezas que meus planos mais cedo ou mais tarde serão realizados.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 28.02.08

PS: Se vocês observarem a fotografia, verá que a lagartinha está molhada. Pouco tempo atrás tínhamos pegado um chuvisco.

27/02/2008

Toda estrada têm curva, a maioria delas são perigosas. Todo homem de sucesso já passou por muitas curvas.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 27.02.08

21/02/2008

O Ser Poeta

Poetas são,
crianças levadas,
admiradoras.

São, rosas amarelas
penduradas em janelas.
São estrelas.

São donzelas que ouvem balelas
e continuam sendo elas.
São a cautela.

São uma, grande, parcela
que fogem das capelas
por ruas e vielas.

São a comida nas panelas,
mais um pouco, são telas
pintadas sempre com aquarelas.

PS: Foto por Cibele Pinto Cardoso

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 20.02.08

19/02/2008

Já passa das 11:30 PM e eu com sono , muito sono, mas acordado. A cama está posta com três travesseiros, do jeitinho que gosto, faz frio e chove fino lá fora. A mãe acabou de fechar a porta central da sala.
Meu pai, na sala de som, acaba de ser acordado do seu cochilo e logo, pergunta para minha mãe se o programa Big Brother acabou... Até há poucos minutos assisti com eles. Logo depois saí, fui em direção à geladeira em busca de algo qualquer para degustar antes de dormí. Suco de goiaba foi o que achei. Misturei com leite e vim tomando em direção ao meu quarto. Passei direto e parei na varanda. Olhei o movimento da rua. Estranhei não senti o cheiro, agradável, de chocolate que quase sempre se faz presente depois das dêz, pois moro perto da fabrica NESTLÉ.
Ainda sobre o movimento da rua... não vi um pé de gente. De longe vi o som do apito dos sentinelas.
Essa terça-feira, 19 de fevereiro, praticamente já se foi. A mesma terça que será registrada nos livros de histórias por conta da renuncia do ditador Fidel Castro. E é exatamente essa "renuncia" que faz com que eu renuncie a alguns minutos de sono. Quero muito ver o que o comentarista, da rede globo, Arnaldo Jabor dirá logo mais no Jornal. Previsão para o discurso dele não me falta.

Essa terça-feira "boba" acaba de acabar.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 19.02.08
Um ano de blogosfera. Um ano de O Grapiúna.

E quem é esse tal Grapiúna?

Antes de tudo, um sonhador perpetuo, convicto de que a vida é bela. Nascido em setembro de 1987 na mesma cidade de Jorge Amado. Menino cristão protestante, simpatizante do PSTU que apareceu na mídia quando queimou a bandeira dos Estados Unidos no desfile de 7 de setembro.
Que quando criança brincou de pipa, carrinho de rolimã, bola de gude, pião... que quase nunca priorizou os game eletrônicos; sempre cursou escola pública, que beijou na boca pela primeira vez aos sete anos, escreveu o primeiro conto aos doze, que adora assistir filmes no fim de tarde, de preferência sozinho.
Que aprendeu amar a natureza da maneira mais racional possível. Que entrou na faculdade aos dezessete, que entrou na sala de aula como professor aos dezenove, que sempre gostou de fotografia, música, literatura. Que teve o primeiro soneto publicado aos dezenove, foi aplaudido no tablado aos vinte.
Que tem medo de morrer, que deseja casar, ter um filho; só um filho. Que gosta de borboletas. Que seu eu lírico resume-se a um barco pequeno, mas notável, que deseja a ancora do lado de dentro mesmo que fique à deriva.

Ou simplesmente um habitante do litoral.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 19.02.08

17/02/2008

O engano do amor

Involuntariamente, irônicamente, vejo que por conta do egoísmo, os homens se esquecem de si. Chegam ao ponto de abandonar o eu por conta de outra pessoa. E assim, destrui portanto aquilo que dá sentido à vida.
Ame a si mesmo; assim, só assim, será capaz de amar seu próximo.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 13.02.08

10/02/2008


Sirene se alguém te soar diga, sem suar, que estou suando. Mas volto.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 11.02.08

08/02/2008

Cada pôr-do-sol anuncia um novo dia. Muitos não apreciam essa beleza, outros não têm a chance. Cada vez que o contemplo bate uma sensação engraçada... Momentos vividos, relembrados no fim de tarde, sinto saudade de outros ocasos.


Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 08.02.08
O céu não nos diz quando vai chegar a Primavera. Não envia bilhete-postal de flor abrindo, ou folhinha rompendo capa de tronco seco. Mas descobre-se em azul, azul, e fala ao vento para soprar mais manso, para voar mais quente.

E nós sentimos.

O céu também não fala sobre o Inverno que apresta um frio devastador de geada ou granizo ou tempestades de vento. Mas manda o sol passar mais baixo, deixa manchar-se de nuvens brancas que tinge escuras e fartas, crescendo em rolos, e faz troar e abrir as comportas.

E nós compreendemos.

Quando a terra vai tremer ou no mar se abrir uma fenda, o céu sopra os ouvidos dos seres que lhe escutam a alma para logo partirem a salvo da onda gigante que vem galgar os campos e as casas.

Só o Homem não escuta, afogado em desassossego.

O Homem esqueceu os cheiros e os sons da terra, o afago do vento, apagou o brilho das estrelas. É hora de abafar o ruído, chegou o tempo de fechar os olhos e ouvir a música do mar, desnudar-se e cobrir-se de sol, fechar os olhos e ouvir o que não tem som, mergulhar nas águas, fincar os dedos na areia grossa e agarrar os sonhos.

Com as duas mãos.


07/02/2008

Eu estou...

...Lendo “Miscelânea de Opiniões e Senteças” - Escrito por
"Nietzsche" um livro de idéias esparsas, abordando temas
como: a moral, a arte, a religião, os costumes a política e outros.

...Ouvindo "Kim" - grande cantor gospel que com sua voz
vicia os amante da primeira arte.

...Assistindo “Matrix" - Um filme muito mais que filosófico,
pois traz simbologia religiosas, teístas, ateístas, gnosticas e
agnósticas, unidas em um todo vivo e pulsante. Além disso,
convida o leitor a descobrir o potencial latente que há em todos
os seres; acreditar em si mesmo, em sua espécie, em superar
os obstáculos e vencer a descrença em si e no destino.

...Planejando "Fotos líricas" para dar continuidade a esse blog.

...Sonhando "Com uma Itabuna" - menos violenta, cidadãos
politizados, crianças sendo crianças, negros sendo respeitados;
um sistema educacional com melhor qualidade.
Enfim, uma cidade menos absurda.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 07.02.08

05/02/2008

Eu me arrependo sim. Tomando a lei da ação e reação como base. Convido você amigo(a) blogueiro(a) para analisar sobre a agonia chamada arrependimento. Convenhamos, todos sabem que arrependimento vem quase sempre com aquela inútil vontade de pedir ao tempo pra voltar atrás. É uma dor, uma patologia que a ciência ainda não inventou remédio eficaz.
Desde quando me entendo como ser humano, esse menino levado vez em quando aparece na minha vida. Sempre atrasado.
Voltando alguns anos no meu passado lembro das minhas travessuras, quando criança, depois delas quase sempre meu estado de espírito não era dos melhores. Foram inúmeras vezes que me encontrei aborrecido por conta das reações de minhas ações. Não da melhor maneira, mas aprendi. Talvez essa seja a única valia do arrependimento.
Contudo, muitos não enxergam ou não querem aceitar o erro. Veste-se de máscara, as inquietações da consciência, chegando ao ponto de dizer que não se arrepende de nada. Acredito que essa é uma das piores mentiras. A boca fala aquilo que o coração não pede.
Sendo, um pouco, radical diria que não aceitar o arrependimento depois de uma reação ruim não desejada, todavia é uma ignorância imensurável. É como insistir negando o real da forma mais irreal possível.
Sei bem como essa pertubação mexe com nós simples seres humanos, sujeito ao erro. E é exatamente essa vulnerabilidade que paradoxalmente ameniza o arrependimento.
Muitos tem o dever de se arrepender e todos tem o direito.
Por fim, digo que o arrependimento não dever ser encarado, só por um único ângulo, da forma pejorativa.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA. 05.02.08
 

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