25/07/2007




Dizem que a vida é curta. Mas será que é verdade?
Depois de algumas tragédias nos últimos tempos, muito se fala como a vida é efêmera, logo adquirimos consciência do valor que a tem o hoje, hoje no sentido de tempo presente e não de atualidade, alguns epitáfios me fizera concluir que nosso principal dever é aproveitar o tempo presente.
Lembro do meu tempo de infância e vejo o quão feliz era eu, talvez fosse à ausência de preocupações com o amanhã. Fui crescendo e ao mesmo tempo desaprendendo que o futuro é hipótese, probabilidade apenas, abstrata demais para ser levado tão a sério.
Ultimamente reaprendi reclamar menos, aceito as pessoas como elas são, saboreio mais,
procuro sentir e dar sentido a vida.
Sabemos que nossa existência é finita, no entanto (infelizmente) não aproveitamos nossos dias. Renunciamos muitas coisas boas e tudo por causa do amanhã.
Carpe Diem, ouçamos Horácio.
A vida pode ser longa para aqueles que consegue viver grandes felicidades. Então viva já, exista no hoje. Aproveite o momento.
Chego ao fim de minhas palavras com a conclusão de que o grande vilão é justamente o
Amanhã, ele que torna a vida curta.

Rafael Almeida Teixeira, Itabuna-BA 25.07.07

13/07/2007




O caipira e o bacalhau

Aquela sexta-feira de sol brilhante na cidade do cacau. Marcou. Eu também esperava minha vez na fila do restaurante quando vi aquele senhor aparentando ser um caipira...
A senha já estava amassada, passeando da mão suada para o bolso da calça boca de sino jeans, do bolso da calça para mão. E eu só de cá analisando como a ansiedade dele crescia, por um momento desejei a presença do amigo George Mendes ali comigo para tão somente chegar a um consenso se o aumento daquela inquietação era em P.A ou P.G. infelizmente o matemático não estava ali para solucionar essa dúvida. (sim, mas voltemos ao o que interessa).
Ele estava sozinho.
A agonia era tanta que a ultima vez que aquele senhor olhara as horas no relógio, dourado e bufão, tinha pouco menos que um minuto e assim crescia sua insatisfação a qual se tornava notória e ao mesmo tempo eu já receoso com medo de alguém estar observando a minha observação.
Eu como curioso fiz valer a minha reputação, aproximei dele e a complementei:
- Olá, bom dia.
- Dia moço.
Logo tirei a duvida de que ele era caipira.
- O senhor vem sempre nesse restaurante?
- Não, moço pra falara verdade é a primeira vez que venho nessa cidade grande, eu moro na roça e lá não tem restaurante.
- E o senhor já sabe qual o cardápio que vai escolher?
- Sei, sim. Eu ouço muito num prato estrangeiro, dizem que é melhor do que viagra. É um tal de bacalhau.
- Sei, é muito bom mesmo esse peixe, mas o bom é a cabeça dele. Levanta até defunto, meu avô que o diga. Ele vem sempre aqui.
E eu sair dali pensando como seria a decepção daquele caipira por não achar a cabeça do bacalhau.
Ora pôs pôs, e você já viu a cabeça do bacalhau?

Rafael Almeida Teixeira, Itabuna-BA 07.07.07

07/07/2007

O dia que passa e os momentos que ficam registrado em nossa mente.A vida nos foi dada para vivermos cada momento. Vezes nós nos vemos encurralados e desesperançados na busca de soluções para os problemas. Porém, devemos sempre acreditar que todas as nossas desventuras são simplesmente momentos neste espaço que ocupamos e que confiando em Deus podemos superar todos os desalentos.


Rafael Almeida Teixeira, Itabuna-BA 07.07.07

06/07/2007


Pobre geração anêmica que valoriza lixo cultural...
Eis o verdadeiro careta, vejo como loucura
Seu interesse pelo saber, bobo saber artificial.
Que me deixa (mal) com toda essa amargura

Sois uma massa amorfa, maquiada e boçal
Tu não desfrutas de peças teatrais nem literatura
Viver mofando na frente da televisão já é natural.
Onde vai parar o abismo dessa criatura?

Sim. Tenho vergonha dessa juventude imoral.
Talvez o pessimismo presente aqui seja postura
Dum incomodado ou dum incômado eventual

Meus sentidos não querem sentir ternura
Nesse frouxo e débil sistema educacional.
...todavia reciclar o lixo seria uma doçura.
Rafael Almeida Teixeira, Itabuna-BA 07.07.07
Aquele sorriso ficou preso desde o sábado 14 de abril de 2007... (deixo claro que o pessimismo aqui presente não é um mero estilo literário, também, faço questão de salientar que as ordens das palavras aqui usadas talvez seja uma influência, nunca imitação)...o silêncio servia para deixar tudo preto e branco, as lagrimas quente não servia para amenizar o frio do coração gelado. Gelado de dor, pois já não via amor paternal. Algumas vezes me pergunto o porquê de tanta oscilação no rumo da vida. Ontem, assistir "Efeito Borboleta", um filme norte americano que conta a história dum jovem detentor de condições de alterar seu próprio passado, com isso tenta concertar alguns erros, porém toda mudança que realiza trás conseqüências em seu futuro. A essência da história logo pode ser percebida pelo titulo, Efeito Borboleta, quem conhece a teoria do caos sabe bem disso. Hoje, (quarta-feira de junho de 2007), conversando com minha mãe, fiz a seguinte reflexão sobre o dia a dia das pessoas; a vida nos dá de volta o que damos a ela, nossa vida não é uma coincidência, nossa vida é uma conseqüência daquilo que pensamos e fazemos para ela. Após vinte anos de casados meus pais decidiram por uma separação amigavelmente até o presente momento. Como disse Luis Fernando Veríssimo: "conviver 3, 5, 10, 15, 25 anos é que é o difícil". Eu Rafael continuo acreditando no amor, ele existe, porém pode acabar devido às conseqüências. A vida é uma maratona, no entanto os detalhes do dia a dia é que leva você a vitória e fazer a diferença. Talvez esses detalhes faltaram na minha família, um aniversário esquecido, dia das mães sem um parabéns, um eu te amo. Não quero por culpa em ninguém. Todavia somos todos culpados pelo hoje (tempo presente) eis o porquê do divorcio. Quero muito amenizar minha culpa nessa história, entretanto ainda não encontrei uma maneira de pedir desculpa ao meu pai.Muitas vezes fazemos menos que o possível, depois vemos que vacilamos. Mas não podemos voltar atrás. Nossas atitudes e escolhas realizadas no passado construíram o presente momento. Finalizo esse pequeno relato, que eu gostaria que ficasse entendido como uma crônica, também faz se necessário salientar a questão de tempo, uma vez que tal crônica começou ser redigida no ápice emocional iniciado lá naquele mal dito sábado. Hoje, (quinta-feira de junho de 2007), termino aqui uma pequena parte de minha história, termino com um gostinho de conformismo, afinal nada acontece por acaso, e digo novamente que somos frutos do que pensamos e fazemos se queremos o bem pra nós mesmo é preciso que façamos o bem para os outros.

Rafael Almeida Teixeira, Itabuna-BA 07/06/07
 

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