31/10/2007

Memórias

Mente candida
momentos de infatilidades
uma pipa verde e amarela,
gudes e piões.

Pé no chão.
Campinho de terra batida,
escolinha e recreio
meus momentos.

Jardim de flores.
O sol das doze não queimava tanto,
as noites de polícia e ladrão
hoje são de verdade.

Verdes aqueles grilos verde?
Vi ontem um no girassol.
Se foram meus melhores momentos.
Brasil!

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 31/10/07

30/10/2007

Um dia comum

Desejo imenso, imenso desejo
um sol também
refeição matinal, sem oração (sem graça).
Momentos de medo, tristeza
ou, talvez, até mesmo um sonho
mal sonhado (pesadelo).

No mesmo dia...
a procura da luz
e cada vez mais alucinado
um dia comum.

O sol ainda bem grande
e os desejos a crescer...
ansiedades de bocas,
anseio de um beijo maior
do que a boca. Um cio incubado.

Sol diminui e agora a luz vai sumindo.
Por que agora nem tudo é alucinante?

Em busca de um Por do Sol encontrei
um céu de nuvem e fuma. Também
uma flor nascida no cascalho. Como?

Tem um filheite de luz.
tipo um palito de fósforo
aceso e alguns segundos
depois... Cadê?

O pôr-do-sol é completo com
o ultimo segundo, ou fração do
ultimo segundo visto o sol.

Espero desemcubar o cio
agora lucianado.
Depois do pôr darei a flor ao
meu imenso desejo,
ainda nesse dia comum

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 20/10/07

26/10/2007

7
São sete horas
e ela não chegou
tudo sem sombras.
O telefone chamou,
chamou... lagrimas.
Dormir o que me restou
amanhã pintarei o sete(nas...).

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 2007

18/10/2007


Devorador de almas

Sobre o relampejar
devoro-me com o sagrado manto
negro da noite.

Com a cruz nas mãos, sinto-me
repudiado; crucificado sem pregos.

Neste mundo paralelo a lugar nenhum
corro pelas encruzilhadas, pratico-me
o próprio sacrifício...

...cortei os pussos com os dentes
e as gotas de sangue a manchar
minha tumba, sóbrio... momentâneo.

Enloqueço apenas ao ouvir o piar das corujas
e ao sentir o sugar dos morcegos em mim.

Da prata não preciso fugir
manipulo para conseguir
petrificar minha alma.

Tenho desejo ''impuros'' que brotam do negro céu.
Desejos macabros de possuir os simples mortais
que figem ser limpos de almas

Liberto-me das ideologias que sufocam meu eu.

Com minha cruz estraçalho teu coração
e possuo vossa alma.
vagelo sobre a Terra durante anos em busca
da felicidade macabra de ouvir-te gritar.


Trago em meu peito gravado a tua maldade.
Maldade dos homens.
Satânicos homens.
Fedidos homens.


Faço do inferno seu lar
devoro almas e depois cubro com grama
verde adubadas com as angustias
e sofrimentos que tu me causas-te.


Rafael e Cacau. Itabuna-BA 18/10/07

02/10/2007

Quero um minuto.
apenas um,
preciso dizer algo.

Quero um minuto.
para mim, para
esquecer dos minutos.

Quero um minuto.
um de silêncio, de raiva
dos minutos.

Quero um minuto.
para ler e entender
esse poema.

eternamente quero um minuto.

Rafael Almeida Teixeira, Itabuna-BA 02.10.07
 

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