28/01/2008

Tudo depende do ponto de vista. Andando meio distraído percebi o quanto alguns seres humanos conseguem o ápice da futilidade. Desejam conquistar o mundo, mas não mudam de ângulo. Não saem da caverna. Acreditam que exista uma só verdade. Acreditam nas sombras.
Ouçamos Galileu Galilei! A terra tem 360 graus. As verdades de hoje poderão ser mentiras amanhã.
Tudo depende do ponto de vista. O feio pode ser bonito. O louco pode saber mais que o sábio. Essa foto acima "nosense" dependendo do ângulo pode ter sentido.
Somos capaz de nos libertar das ilusões, porém precisa se mudar a posição de onde olhamos.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 29/01/08

25/01/2008


Foi por pouco. Manhã de sábado sair de casa, às pressas, direto ao ponto de ônibus. Tinha mais ou menos dez minutos para estar na sala de aula. Meu relógio marcava 8:20 AM, um minuto antes acabara de passar o buzú BC 21. Por um instante, pensei que aquele sábado seria estressante. Não tinha ninguém no ponto de ônibus, tinha apenas uma moeda de cinqüenta centavos. Catei e guardei no bolso. Gastaria mais tarde com xérox. Sentei no banco, liguei o MP3 player, esperei outro BC. Passaram cinco minutos e nada. Abaixei a cabeça e pensei na trajetória que iria percorrer até chegar ao centro de Itabuna. Desanimei.
Ao levantar a cabeça vi uma garota vindo sentido ao ponto de ônibus, violão na mão, morena clara peitos fartos cabelo solto piercing no nariz ela aparentava ter uns dezesseis anos. Me encantei.
Ela olhou nos meus olhos, não falou nada afinal ela percebeu que o MP3 estava ligado, então, sorrio o riso da Mona Lisa.
Indios legião urbana era o que escutava, mesmo assim, abaixei o áudio do MP3 caso ela puxar-se conversa, logo logo o buzú chegou. Ela subiu com todo glamour, o motorista a olhou de baixo a cima. Vi nos olhos dele o desejo por aquela ninfeta. Ela também percebeu, mas agiu como uma gamine.
Sentei uma poltrona atrás, do lado oposto, dela. Só ela e eu naquele buzú.
Eu ali só viajando querendo saber de onde aquela garota saiu e aonde ela iria, foi quando percebi que ela olhou para trás. Olhou para mim. Sorriu novamente.
Lembrei de Horácio. Aproveitei a oportunidade. Aproximei, em seguida perguntei o nome dela. Instantaneamente falei que o nome era tão bonito quanto a dona. Sorriu pela terceira vez.
E do nada, acreditem amigos leitores, ela pediu um beijo. Tremi na base.
Ufa! isso nunca tinha acontecido comigo. É normal acontecer um lance desse numa balada, carnaval e etc, etc.
Olhei nos olhos dela, aproximei meu rosto. Nesse momento vi quando os olhos delas foram se fechando, já sentia o calor daquela boca, de beiços carnudos, quando bem de longe ouvia uma voz familiar chamando meu nome.
-Rafa! Rafa acorda, se não você vai se atrasar pra aula.
Era minha mãe. Acabei acordando. Foi por pouco.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 26/01/08

24/01/2008


Tenho medo de ter medo.

Tenho medo do espelho.
Tenho medo do Real que faz-me irreal.
Tenho medo dos deuses.

Tenho medo da estrela em Brasília.
Tenho medo da morte por causa dos vivos.
Não tenho medo das minhas frases corajosas.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 24/01/08

22/01/2008

Segunda-feira. Meu relógio marca 11:32 AM, mas parece que o meridiano já foi alcançado. Verdadeiramente o sol está lindo. Gosto da praia quando o sol se faz presente. Presente de Deus. Falar do Criador, logo, me faz refletir sobre a vida. Pouco tempo atrás escrevi algo sobre a vida, falando da minha concepção desse dom divino.
Faz alguns minutos que minha mãe estava do meu lado, conversamos sobre a vida. A verdadeira vida. Não aquela rotina na qual ficamos preso, restando tão somente o stress do dia-a-dia e assim o tempo vai passando; e acostumamos mesmo sabendo que o grande vilão do mundo atual mexe com o metabolismo do ser humano.
Sobre a vida, sobre o homem atual vejo que somos extremamente paradoxais. Nos preocupamos em juntar dinheiro e depois gastamos por conta de nossas preocupações.
Devemos valorizar mais a vida; menos o dinheiro. Não é fácil. Eu sei. Sei também que não é impossível.
Ontem faleceu um amigo meu de 96 anos. Nas tardes livres que tinha ia correndo para porta dele prosear, sem presa com as experiências dele aprendi muito. Aprendi que tudo passa.
A saudade de hoje ira passar assim como o ontem segunda-feira.

Rafael Almeida Teixeira. Ilhués/Itabuna-BA 21 e 22/01/08

13/01/2008

Eu estou...

...Lendo “O Caçador de Pipas” - romance escrito por
Khaled Hosseini considerado um dos maiores sucesso
da literatura mundial dos últimos tempos.

...Ouvindo "Lulu Santos" - grande cantor pop,
que na música brinca com as palavras.

...Assistindo “O Caçador de Pipas" - História da amizade
de dois garotos Afegão. Amir é rico e bem nascido e Hassan,
que não sabe ler nem escrever, é conhecido por sua coragem
e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas
de grandes guerreiros, filmes de cawboy americanos e pipas.
E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno
de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande,
homem.

...Planejando "Fotos líricas" para dar continuidade a esse blog.

...Sonhando "Com um Brasil" - menos violento, cidadãos
politizados, crianças sendo crianças, negros sendo respeitados;
um sistema educacional com maior qualidade.
Enfim, um país menos absurdo.


Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 20/12/07

11/01/2008

É tempo de briga
porque não tenho o quê quero.
Nem amor tenho,
e eu que quis amores.

É tempo de briga
porque não posso querer.
No mundo em que o deus atual
me obriga a devotá-lo.

É tempo de briga
porque me restringiram.
Hoje cones faz parte de mim
e vivo em meio de brigas.

É tempo de briga
porque a barriga dói.
E ninguém sente que não preciso
de remédio.

E há quem diga
que a vida
é bonita
sem briga.

Mentira!

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 10/01/08

08/01/2008

Devorador de Almas

Sobre o relampejar
devoro-me com o sagrado manto
negro da noite.

Com a cruz nas mãos, sinto-me
repudiado; crucificado sem pregos.

Neste mundo paralelo a lugar nenhum
corro pelas encruzilhadas, pratico-me
o próprio sacrifício...

...cortei os pulsos com os dentes
e as gotas de sangue a manchar
minha tumba, sóbrio... momentâneo.

Enlouqueço apenas ao ouvir o piar das corujas
e ao sentir o sugar dos morcegos em mim.

Da prata não preciso fugir
manipulo para conseguir
petrificar minha alma.

Tenho desejo ''impuros'' que brotam do negro céu.
Desejos macabros de possuir os simples mortais
que fingem ser limpos de almas

Liberto-me das ideologias que sufocam meu eu.

Com minha cruz estraçalho teu coração
e possuo vossa alma.
vagelo sobre a Terra durante anos em busca
da felicidade macabra de ouvir-te gritar.

Trago em meu peito gravado a tua maldade.
Maldade dos homens.
Satânicos homens.
Fedidos homens.

Faço do inferno seu lar
devoro almas e depois cubro com grama
verde adubadas com as angustias
e sofrimentos que tu me causaste.



Rafael Almeida e Cacau. Itabuna-BA 18/10/07

07/01/2008

Anjos e demônios aceite
sou feliz, me respeite.

Penso em continuar nessa direção
é o que quer meu coração.

Nessa estrada o sol brilha
e não preciso de cartilha.

Porque é tão normal ser feliz.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 07/01/08

03/01/2008

A vida é bela. Muito me intriga quando alguém rejeita sua própria existência. Pois o fôlego é o dom mais precioso que foi nos dado. Durante essa trajetória temos a oportunidade de usufruir o dom divino, da maneira mais bela possível, mesmo com alguns contra-tempos, pois, todavia as dores e desalentos faz parte da vida de qualquer ser humano.
Muita gente reclama da vida, falam por aí que o destino é cruel com uns outros não. Mês passado li algo, no blog da Jawaa, sobre o destino. É difícil dizer se o destino existe ou não. Quem sou eu para não aceitar as teorias de João Calvino, e por outro lado, quem sou eu para aceitar os ideais de Martinho Lutero.
Mesmo que exista o tal destino, creio que podemos moldá-lo, creio também que nem todas as coisas que acontecem podem ser vista como destino. Com relação a isso, torna-se necessário mencionar a lógica da minha avó, que "o ser humano procura o mal com as próprias mãos".
A vida é bela. E pode ser mais bela ainda, no entanto, cabe a cada um de nós proporcionar a vida ser bela, a forma a que proporcionamos a vida ser melhor é o grande segredo de como a vida pode ser bela.
Por fim, faço minhas as palavras de William Shakespeare, plante seu jardim e decore sua alma. Estou fazendo isso e a cada instante meu coração pulsa com mais desejo de apreciar os sentidos dessa existência.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 03/01/08
 

O mundo de Sofia Copyright © 2007-2017 Designed by Rafael Almeida Teixeira