26/07/2008

A primeira vez a gente nunca esquece...
Foi no ano de 1990, numa tarde de verão, impulsionado pela minha mãe cheguei a Escolinha Mônica lá encontrei muitas crianças, algumas chorando, outras aos berros. Inicialmente não entendi o porquê de tanto tumulto; porém quando me dei conta minha querida mãe foi ficando cada vez menor, não demorou muito e só pude contemplar um pequeno ponto branco quebrando a esquina, daí então não avistava mais, perdera de vista meu chão e assim, logo fui na barca daquelas crianças choronas, pois pensava que nunca mais viria a mamãe querida.
Com o passar dos messes, fui acostumando com o martírio de ficar a tarde toda sem a mamãe. Até porque, na Escolinha Mônica, quando eu não dormia, passava o tempo desenhando e é claro, pintando o sete.
Momentos nostálgicos não me fogem da memória quando passo pela rua da extinta escolinha. Aquilo tudo foi muito bom, foi uma conquista.
Nostalgia maior tenho do antigo Colégio Estadual Antônio Carlos Magalhães. "Tonhão" para os íntimos. Hoje atual Colégio da Polícia Militar.
Naquele tempo a vida era mais doce que o mel. Cinco minutos separava minha casa do "Tonhão", Celso pela manhã levava o pequeno "Rafa" todos os dias de segunda à sexta.
E assim, meu patrimônio moral foi crescendo com ajuda de anjos terráqueos em especial a professora Ana Lúcia minha primeira mestra. Ela foi o anjo que com estrema dedicação abriu a possibilidade da leitura, desvendando o alfabeto. Tendo paciência suficiente para me ensinar a decifrar os códigos da escrita, que tomou minha mão e foi traçando os contornos das vogais e consoantes afim de que eu aprender-se a escrever. O estudo, por causa dela, foi atraente e a escola me conquistou.
Veio à primeira, segunda, terceira e quarta série. Com inúmeros sucessos nas matérias, e um destaque maior para a língua portuguesa. Lembro que as professoras das séries iniciais (primário) trabalhavam muito com interpretação de texto, e nesse quesito eu arrasava, pois sempre antes de dormir tive contato com estorinhas lidas pelo meu pai; outras lidas por mim.
No ano de 1998 experiências novas, aos dez anos de idade acabara de iniciar o tão sonhado ginásio, todavia isso foi motivo de orgulho para o senhor e senhora Teixeira.
Permaneci no "Tonhão" até 1999.
Mudei para o famoso colégio Estadual Dona Amélia Amado. Colégio público, com mérito de um dos melhores da Bahia, e por esse motivo fui levado para lá, (mainha obrigado pela decisão).
Cursei lá as séries sétima e oitava. Na sétima conheci, por intermédio da professora Roseli, um pouco das variações lingüísticas. Nesse período fui sendo seduzido pela ciência que estuda as línguas. Pela primeira vez na minha vida estudantil cogitei em cursar letras. Volta e vez, imaginava seguindo a profissão de educador. Talvez pela admiração que sempre tive. Imaginava também como seria dá aula para crianças hiperativas, adolescentes que erroneamente recebe o adjetivo de "aborrecente", e o que falar das "ninfetas" essa ultima não falo nada viu. Contudo espero que futuramente não ouça aquela musiqueta: "baba baby criança cresceu agora quem não quer sou eu".
Saí do "Amélia" no de 2001 para cursar o almejado ensino médio.
No ano de 2002 tive a honra de ser aluno da estimada professora Valdecir Vilas Boas, a qual me ajudou a sonhar com a faculdade de letras. Naquele tempo já discutimos sobre lingüística.
No ultimo ano do ensino médio uma feira de ciência, trabalho interdisciplinar, fechou com chave de ouro o ano letivo de 2004. Na tal feira, juntamente com meus colegas de sala, apresentei trabalhos sobre as vanguardas européias. Meu grupo que foi liderado por mim, ficou com a tarefa de montar uma obra dadaísta. Pintei um quadro.
Em 2005 com ajuda de Deus, para orgulho da família, passei a ser um universitário. Nessa importante etapa de minha vida tive a oportunidade de fazer muitos colegas e alguns amigos.
No ano seguinte o gás para o estudo ainda era farto, lembro com saudade dos primeiros trabalhos acadêmicos. Recordo também dos seminários presenciais. Foram momentos frutíferos.
Já no ano de 2006, no dia 14 de outubro véspera do dia dedicado aos professores, eu juntamente com toda turma fomos homenageados pela tutora Elisangela Reis, a qual pela primeira vez chamou todos estudantes, ali presente, de professores. Isso também marcou.
No mesmo ano, tive a chance de substituir uma professora de língua portuguesa. Lembro da primeira vez que fui chamado de professor. Foi numa turma de oitava série. Trabalhei da maneira mais caprichada possível, conquistei respeito dos alunos e admiração das colegas do Colégio Assistencial São José.
No ano seguinte voltei ao "Amélia". Numa quinta-feira. Agora como professor do colégio público com mérito de um dos melhores da Bahia.
Aquela quinta-feira fria e chuvosa nem de longe combinava com alegria que sentira naquele dia. Não sei a data ao certo, sei tão somente que era uma quinta-feira de inverno. Rapidamente lembrei do primeiro dia em que pisei meus pés naquele lugar que até então se ouvia falar muito bem.
Nessa ocasião, pude contemplar a alegria dos meus ex-professores, parabenizando a mim pela conquista. Não vou deixar de relatar aqui que essa fase foi uma das melhores de minha vida.
No dia 17 de setembro, (data do meu aniversario) fui presenteado com a oportunidade de substituir a professora Valdecir Vilas Boas. A mesma que me ajudou a sonhar com a faculdade de letras.
Por fim, cheguei ao ano de 2008 cursando o ultimo semestre de letras, com o gás quase esgotado. Aos cuidados da Professora Gilsária Teixeira, caminho na esperança de pôr a mão no tão sonhado diploma, quando isso acontecer não esquecerei. Porque a primeira vez a gente nunca esquece.
Rafael Almeida Teixeira. 20.07.08

14/07/2008

Na escuridão noturna
o cheiro da morte
silencia desejos inocentes.

Na escuridão noturna
o olho transpira
facilmente.

Na escuridão noturna
o gosto gasta
aquilo que faz falta.

Na escuridão da noturna
o pecado produz,
induz, seduz.

Rafael Almeida Teixeira 08.07.08

01/07/2008

SONETO, FALSO, DELETADO.!

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 01.07.08
 

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