08/09/2009

Ainda me lembro daquela proza interrompida. Falávamos sobre algo importante, para nós naquele momento; hoje não sei qual era o nosso foco narrativo. Talvez tenha sido algo sobre a arte de escrever com a luz, ou não. Isso não é, tão, importante agora; importante, agora é lembrar o motivo do stop daquele papo.
Uma moça. Moça no sentido de mulher jovem, nunca vista antes no lugar de sempre. Moça com saia curta, de cabelos louros, pintados, escovados e com andar lotado de glamour, mudou o foco seletivo da conversa de outrora.
A glamourosa ao perceber o poder dela agindo sobre nossos olhos, apertou o passo e foi se indo com maior ligeireza. Naquele momento, percebemos que ela era, além de bonita, tímida.
Sempre tive em mente a idéia de que mulher bonita não pode ser tímida. A moça loira, ligeira, por conta da timidez tropeçou e caiu, foi por água abaixo todo o glamour.

assim como o glamour dela, eu nunca mais a vi. A moça bonita passou; a história ficou.

Eu, ainda, me lembro.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 08.09.2009

2 comentários:

Rafael Almeida Teixeira on 08 setembro, 2009 23:38 disse...

...mulher bonita não pode ser tímida.

Eu tenho isso como sabedoria.

Histórias, no Plural!!! on 11 setembro, 2009 17:31 disse...

Texto legal, leve, desinibido, muito bom pra se ler e pensar. Há! A foto também tá muito boa.

 

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