
E quem é esse tal Grapiúna?
Antes de tudo, um sonhador perpetuo, convicto de que a vida é bela. Nascido em setembro de 1987 na mesma cidade de Jorge Amado. Menino cristão protestante, simpatizante do PSTU que apareceu na mídia quando queimou a bandeira dos Estados Unidos no desfile de 7 de setembro.
Que quando criança brincou de pipa, carrinho de rolimã, bola de gude, pião... que quase nunca priorizou os game eletrônicos; sempre cursou escola pública, que beijou na boca pela primeira vez aos sete anos, escreveu o primeiro conto aos doze, que adora assistir filmes no fim de tarde, de preferência sozinho.
Que aprendeu amar a natureza da maneira mais racional possível. Que entrou na faculdade aos dezessete, que entrou na sala de aula como professor aos dezenove, que sempre gostou de fotografia, música, literatura. Que teve o primeiro soneto publicado aos dezenove, foi aplaudido no tablado aos vinte.
Que tem medo de morrer, que deseja casar, ter um filho; só um filho. Que gosta de borboletas. Que seu eu lírico resume-se a um barco pequeno, mas notável, que deseja a ancora do lado de dentro mesmo que fique à deriva.
Ou simplesmente um habitante do litoral.
Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 19.02.08