
Graças aos engenhos sofisticados logrou pousar na lua, e em tempos atuais já se fala em turismo espacial. As distâncias exteriores têm sido conquistadas com grande freqüência, aproximando-nos dos diferentes corpos celestes e de variados lugares terrestres.
Observa-se que, contudo, o homem moderno, não vence a distância emocional que o isola, no lar, no escritório, dos colegas, das outras pessoas; da sociedade em geral.
Sedentos de compreensão e carinho, buscam relacionamentos novos, com pessoas que vivem longe, que logo se evaporam no esquecimento. Conseqüentemente, com tudo isso, a carência aumenta, e quando necessita desses tais afetos corre aos sities de relacionamentos, chats de bate papo, chegam ao ponto, até mesmo, de pôr anúncios nos jornais.
Muitos homens modernos vivem submerso no oceano dos conflitos, "desaprendeu" a viver harmoniosamente em comunhão com o próximo. A violência cresce assustando a todos e a todas. A vida a cada dia que passa está sendo banalizada. Tudo vai se tornando amorfo, fútil.
Saliento que existe um terrível paradoxo em nossos “avanços”. Essa contradição separa o homem do homem; entre aquele que vence as distâncias físicas, mas não se auto-encontra; que resolve as dificuldades de fora e não soluciona as de dentro, evitando-as, mascarando-as, transferindo-as no tempo.
Em suma, faz-se urgente que alteremos nossa ótica extremamente equivocada pela qual temos observado as finalidades da vida, a fim de que encontremos as soluções para os problemas do ser humano em si mesmo. Talvez assim, o homem moderno encontre o fator essencial da vida. O amor.