Na foto: Eu, Mainha e Painho ao fundo.

Ontem a noite conversando com uma amiga falávamos sobre sonhos, não aquele conjunto de idéias e imagens mais ou menos confusas e disparatadas, que se apresentam ao espírito durante o sono, mas sim aspirações, aquilo que almejamos. Então quando ela que atualmente tem por volta dos seus dezessete anos falou um dos seus sonhos sentir um contentamento no momento que ouvir, talvez tenha sido pelo fato de almejar aquele mesmo tipo de sonho. Sonho de casar, ter uma família (apenas um filho ou filha). O que me deixou contente foi tão somente saber que próximo a mim têm pessoas como eu, uma vez que fazia tempo que não ouvia alguém de minha geração falar de tal sonho. Vejo isso como um dos processos mais natural na vida de qualquer ser humano. Hoje, 16 de agosto em meio ao AC dos professores no colégio Amélia Amado, um grupo da Diocese de Itabuna, veio convidar a nós professores juntamente com toda comunidade para participar das atividades da Semana da Família. Essa mesma Diocese promoveu um concurso de redação tão somente com a finalidade de nos atentarmos para a real importância da família, Tal concurso teve como tema: UM OLHAR SOBRE A FAMÍLIA. Segue-se abaixo uma redação que elaborei juntamente com um aluno da oitava série.


Nota-se que a família é muito importante na vida do ser humano, muitos desejam ter um lar perfeito, constituir um lar pode ser fácil, contudo difícil é saber manter esse lar em equilíbrio psicológico e material. Em tempos atuais vivemos numa sociedade doente, onde valores essências para o verdadeiro bem estar estão sendo extintos, gerando uma violência que cresce de maneira assustadora, sabe-se que uma das grandes influencia é a de falta de planejamento familiar. Todavia sendo a família a base da sociedade. Com o advento da globalização surgiram inúmeros fatores que mudaram a verdadeira essência da família, vemos uma distorção do modelo família tradicional, modelo esse onde o pai é quem se responsabiliza por trazer o dinheiro pra casa e a mãe ficar arrumando o lar e cuidando dos filhos. O estereótipo se desfez e com ele as relações dos pais com os filhos mudaram. Nesse sentido observa-se que a procura do “bem estar” tornou-se contraditório, acarretou uma diminuição do tempo que outrora era destinado à família, fragilizando toda estrutura familiar. Em suma, é necessário comprometimento maior, porém colocar a família em primeiro lugar requer um custo com o qual nem todos podem arcar. Implica menos dinheiro, fama e projeção social. Fatores que aparentemente são de grande valor, entretanto nenhum sucesso na vida compensa um fracasso no lar.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 16/08/07