18/10/2007


Devorador de almas

Sobre o relampejar
devoro-me com o sagrado manto
negro da noite.

Com a cruz nas mãos, sinto-me
repudiado; crucificado sem pregos.

Neste mundo paralelo a lugar nenhum
corro pelas encruzilhadas, pratico-me
o próprio sacrifício...

...cortei os pussos com os dentes
e as gotas de sangue a manchar
minha tumba, sóbrio... momentâneo.

Enloqueço apenas ao ouvir o piar das corujas
e ao sentir o sugar dos morcegos em mim.

Da prata não preciso fugir
manipulo para conseguir
petrificar minha alma.

Tenho desejo ''impuros'' que brotam do negro céu.
Desejos macabros de possuir os simples mortais
que figem ser limpos de almas

Liberto-me das ideologias que sufocam meu eu.

Com minha cruz estraçalho teu coração
e possuo vossa alma.
vagelo sobre a Terra durante anos em busca
da felicidade macabra de ouvir-te gritar.


Trago em meu peito gravado a tua maldade.
Maldade dos homens.
Satânicos homens.
Fedidos homens.


Faço do inferno seu lar
devoro almas e depois cubro com grama
verde adubadas com as angustias
e sofrimentos que tu me causas-te.


Rafael e Cacau. Itabuna-BA 18/10/07
 

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