05/06/2008

O Robô e o Mico

Ontem após sair da FTC, comprei um acarajé e fui rumo a praça José Basto. Tinha poucas cabeças lá, tive a chance, então, de escolher o melhor local para degustar o quitute africano abrasileirado.
Após sentar de costa para o fórum Rui Barbosa, próximo ao maior pé de jaca, Comecei a me deliciar com o bolinho abrasileirado, foi quando percebi uma movimentação de micos no topo da jaqueira. De imediato não me assustei, pois já era do meu conhecimento que algumas arvores da praça são povoadas por micos.
Observei que além dos micos tinha uma coisa, estranha, que nem de longe assemelhava-se com aqueles primatas. Era um robô.
Um robô moderníssimo.
Vi o macaquinho dialogando com aquele ser estranho, aproximei e me interessei em ouvir a conversa deles.
Escutei o macaquinho perguntar ao robô de onde ele havia surgido.
O robô respondeu que fora criado pelas mãos de seres humanos.
O macaco então perguntou o que ele sabia fazer.
O robô disse que foi programado para trabalhar arduamente de tudo e em tudo que lhe mandar-se.
O macaco exclamou: -Então você ganha muito bem! Afinal seu trabalho é requisitado.
Para surpresa do macaco, o robô trabalhador disse que não.
O macaco fez mais uma pergunta.
-Qual é a razão para você trabalhar
arduamente sem descanso, sem salários, sem férias,
sem nenhum direito?
Sem saber responder a pergunta que lhe fora feita, ele teve pensamentos, e não entendeu o porquê de trabalhar tanto e não ser recompensado.
Tempos depois o robô trabalhador ouviu um ser humano gritar bem alto.
- O mundo tem duas partes: a parte boa é dos que pensam; outra é dos que têm pensamentos!
Pense nisso.

PS: Foto acima é da casa do macaquinho.

Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 05.06.08
 

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