Fim de novembro no sul da Bahia o tempo muda.
Mês que água cai do céu, molha a terra; enxurradas nas ruas de Itabuna vão indo para o rio Cachoeira levando lixo que o povo grapiúna insiste em jogar à toa nas ruas. Esse mês também traz consigo uma certa "lezeira", talvez a grande culpada seja a chuva. Hoje segunda-feira, estar chovendo desde cedo, cai uma chuva fina e constante, o vento friu acompanha esse fenômeno previsto.
Essa lezeira parece fazer parte de mim, chego a pensar que não existe lugar melhor no mundo do que minha casa; mais precisamente meu quarto. E é nesse ambiente de poucos metros quadrado que vivo alguns momentos bons nesse fim de mês. Aqui assisto filmes baixados na internet, navego por alguns blogs, leio duas ou três crônicas, ouço MPB.
Durante esse passa tempo, não vejo o tempo passar. É como isso tudo fosse eterno, afinal, esqueço de tudo lá fora.
Nesse momento descubro uma goteira no canto do meu quarto, bem onde fica meu guarda-roupa e esse guarda roupa não pode molhar ele um dia foi uma arvore, sinto-me no dever de ter o máximo de zelo, até porque eu sou mais um culpado do desmatamento que atinge esse planeta Terra. Então pego uma panela e ponho no lugar da pingueira e tudo estar resolvido. Por alguns minutos o barulho da goteira incomoda com tic tic. Isso por mais incrível que pareça não é uma telha quebrada, talvez uma tenha afastada. Culpa dos gatos da vinziança que quando estão no cio, ficam namorando pelos tehados e como conseqüências desses acasalamento uma cambada de gatinhos e algumas goteiras em dias de chuva.
E nesse dia de chuva aproveito para editar algumas fotografias, bolar novas idéias para novas fotos e escrever algumas coisa como: poemas, poesias ou crônicas. Mesmo que um dia não ganhe o premio Nobel de Literatura ou alcance a fama de Arnaldo Jabor, cronista da Rede Globo, continuarei escrevendo meus pensamentos; não vivo do que escrevo, porém vivo pra escrever e com isso eternizarei meus momentos.

_{Rafael Almeida Teixeira. Itabuna-BA 26/11/07}